sábado, 15 de dezembro de 2007

Constante Inconstancia

É estranho pensar que num momento tudo parece perfeito, e um minuto depois, o caos parece reinar na nossa vida. Trata-se de extremos. A alegria e a tristeza. A vitória e a derrota. A segurança e a insegurança. A saúde e a doença. O belo e o feio. O amor e o ódio. O carinho e o desafecto. A riqueza e a pobreza. Enfim... os triviais opostos que se atraem dia após dia. Mas serão estas diferenças um problema? Se pensarmos bem, não! Senão vejamos alguns exemplos:

No campo afectivo, corre tudo às mil maravilhas (Troca de carinhos, surpresas agradáveis, promessas de um amor eterno). De repente, o não esperado "Pontapé no " surge. O nosso mundo parece desabar e o quarto escuro torna-se o nosso melhor amigo. E o primeiro pensamento, qual é?: ..nunca mais amarei ninguém!!! Mas com o passar do tempo acabamos por nos aperceber que se não fosse aquela decepção, jamais se poderia comemorar de forma tão intensa um novo encontro.

Profissionalmente, o ambiente de trabalho é óptimo, o chefe é super afável, o ordenado é compensador, e as tarefas interessantes. De repente, dividas na empresa,corte nas despesas, injusta nas demissões. Rapidamente damos por nos num estado depressivo em busca de um novo (bom) emprego. Muito tempo passa, até que, finalmente, a tal esperada recompensa chega. Há males que vem por bem.

É por estes e outros exemplos que eu digo: o constante pode trazer sossego e tranquilidade, mas nunca a intensidade daqueles que vivem, não se limitando apenas a existir, porque "bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é MUITO para ser insignificante."

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007


Dias contentes, dias tristes, dias cansativos, dias calmos, dias infernais, quem ainda não teve um? Todos nós já passámos por eles. Mas se pensarmos bem os dias tem as mesmas características, duram vinte e quatro horas, o sol nasce e põem-se aproximadamente às mesmas horas, o que fazemos não difere assim tanto de dia para dia, todos os dias almoçamos e jantamos. Então porque será que uns dias parecem não ter fim e outros não queremos que cheguem ao fim? Depende essencialmente da nossa disposição. Somos seres tão, mas tão, inconstantes. Só esta permanente inconstância explica o facto de numa semana passarmos por todos os tipos de dias que falei. Um dia estamos cheios de energia, no outro falta-nos toda a energia, sentimo-nos bonitos ao mesmo tempo que achamos que somos horríveis, tanto achamos que somos felizes como achamos o contrário, amamos, odiamos, elogiamos e criticamos.
Definitivamente somos nós que construímos os nossos dias, consoante a nossa disposição, é certo que interferem outros factores. Podemos estar com a maior das disposições mas se alguém nos perturba é o suficiente para o dia passar de “contente” a “cansativo”. Mas como somos humanos, e consequentemente muito complexos, podemos, se tivermos uma atitude positiva perante a vida, mudar, novamente, o dia cansativo para um dia contente. Somos mesmo as personagens que determinam o fim do filme, neste caso somos as personagens principais dos nossos dias.Quando estiver triste, sem vontade, sem paciência, intolerante, desgostoso/a, amargurado/a lembre-se que o filme pode chegar ao fim quando menos esperamos.

P.S: Tema da Semana-Inconstância
P.S2:A imagem, é para lembrar de que somos só mais um,no meio de tantos, a ver a vida a passar, tal como o comboio...